terça-feira, 15 de julho de 2008

Por que escrever?

Mario Quintana diria que é por causa daquela “necessidade de recriação das coisas em imagens, para terem mais vida, e da vida em poesia, para ser mais vivida”. – No caso dos poetas, claro.

A menina simplificaria tudo. Diria que não precisamos de motivos para escrever e tampouco de assunto, pois escrever é ir além das convenções e da própria necessidade.

Escrever é ir bem longe, em terras distantes: nos sonhos, nas fraquezas, nas misérias, no ápice do infinito, no chão dos continentes e até no coração de Deus. Mas é também não ir a lugar nenhum: esconder-se de tudo, refugiar-se em si mesmo ou no lugar onde nem a imaginação pudesse chegar... É revelar e desvendar; é ver, sentir e ouvir; é saber e é ignorar; é edificar e demolir; é tudo que se possa querer.

Ah se as pessoas conhecessem o poder de transformação dessa arte, se soubessem a arma que têm nas mãos...

Certamente construiriam sonhos mais bonitos e realidades mais amenas.

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