terça-feira, 15 de julho de 2008

O que a menina também pode dizer aos seus amigos?

Pode dizer que precisamos definir claramente o que é a política. Não pra ter um conceito formado que nos garanta sua prática íntegra e plena, já que a simples conceituação não nos permite isso, mas para a partir dela criarmos condições para a ação.

Que é necessário pensar em política como quem pensa qual o prato servirá no almoço de família do domingo: a opção do melhor a ser feito, superando até as próprias condições, de modo que agrade a todos ou ao menos a maioria. Porque na prática é exatamente isso: simples assim.

Quase todo mundo, inclusive os que exercem política da forma “oficial”, tende a relacioná-la a um jogo sujo de interesses e poder. O que talvez se explique pelo fato da temática ainda estar envolta em trevas, fazendo com que as pessoas conheçam apenas sombras e caricaturas mal-elaboradas das verdades que ainda restam por revelar.

O desânimo paira no ar. A indiferença paira no ar. Com eles, insatisfação e revolta (apáticos) de milhões de brasileiros, e um longo caminho a ser trilhado. É justamente por isso que não podemos ficar sossegados enquanto não abrirmos espaço à luz, mesmo que chegue de milímetro em milímetro.

A luta não resta perdida, somos nós os detentores do grande potencial político, em sua mais completa vitalidade. Damos provas diárias nos vários ambientes que freqüentamos, seja na padaria, ao reclamar da qualidade do pão, seja ao negociar em casa quem lavará a louça e quem limpará o banheiro, ao solicitar desconto no restaurante ou ao fazer-se ouvir por outros que trazem opiniões totalmente contrárias...

Atos pequenos e significativos.

Certamente, os estudantes da Universidade de Brasília partiram deles e acabaram por se descobrirem capazes de sair em defesa de sua universidade heroicamente. Pode não ser a realidade da maioria dos universitários brasileiros, mas serve como belíssimo exemplo.

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