CONVERSA FILOSÓFICA I
Por a Menina e o maninho Cesar
Trataremos aqui de forma estupidamente subjetiva, vanguardista e manipulada sobre o conceito de Devir de Deleuse, criando o anticonceito de NonDevir, sem a menor preocupação em encontrar ou não pressupostos acadêmicos para a teoria que aqui abordaremos, em outras palavras, o negócio é bagunçar.
DEDICATÓRIA
Dedicamos este ensaio ao ilustre filósofo
O NONDEVIR
Enquanto o Devir se mostra na mudança, na fluidez, nas intensidades, nos desejos, o NonDevir surge na certeza da não-vontade, do não-desejo, com leveza, risos, suavidade e muito bom-humor.
Para melhor entender o nondevir pode-se pensar na ligação que existe com o não-devir para devir, ou o não ser para o ser. É algo sutil, que reside entre o ir e o ficar. Vejamos bem: o devir é revolucionário, faz buracos, bagunça com o ser. O devir revolucionário se propõe a "quebrar", explodir as essências. Trocando em miúdos, sugere a destruição. O NonDevir é o devir como proposta para ele mesmo: é tirar do devir a sua lógica, negar a sua essência. A grande questão é saber se no momento em que um indivíduo está concentrado no seu devir, ele está devindo ou devendo? Por quê? Porque há uma diferença essencial em querer ir e precisar sanar uma dívida. No entanto, no caso do nondevir, ora ele pode querer ir, ora ele pode querer pagar. Do contrário, igualmente.
De fato, o ser humano pode apresentar ora o devir-mulher, ora o devir-macaco, ora o devir-rato, ora o devir-negro e assim por diante. Mas em outras ocasiões, sobretudo nas de necessidade, porque o humano se move na medida de seus extintos e necessidades, ocorre um distúrbio. Não se tem a essência, tem-se a dúvida... O nondevir passa para o devir sem que nos apercebamos.
Será que o meu nondevir tradutor acomoda consigo o devir tradutor? Evidentemente sim, pois o nondevir é amplo e ilimitado. Normalmente os organizadores dos eventos dizem há de vir um tradutor! O tradutor, no entanto, é capaz de assumir ao mesmo tempo o nondevir tradutor, negando-se a comparecer ao evento. Tudo isso porque a prática revolucionária molar, nada tem a ver com odontologia. Tem a ver com a negação das essências, com a transformação das formas, com o nondevir. Este ainda, pode estar intimamente ligado com o nãoquerer.
E por aí vai...
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