
A menina é o amor que sente por sua mãe, o sonho de um dia ser mulher, o medo de não se realizar, o medo da solidão, a vontade de aprender e desafiar. Ela é a paixão pela poesia, seja em verso ou em cor, o encanto pelo sol poente e pelo que se lê nos olhos das pessoas...
Hoje a menina é a saudade que sente de quando era criança e tudo lhe parecia fácil e feliz, a saudade de descobrir o Ideal pelo qual vale a pena viver e a saudade do peito em que reclinava a cabeça a receber afagos. Ela é a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, de não ter podido fugir. É tudo aquilo que foi amputado no passado, a emoção de verso simples, a necessidade de amar que lhe arrancou lágrimas, é o que chora e é todo o pranto que não consegue sair.
E bem mais que isso, a menina é o sonho de fraternidade, a certeza de que o amor faz milagres e de que a luta pela justiça valerá a pena. É um desejo de ser amada e mais ainda de amar, é a vontade de driblar a dor e ser feliz.
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