Se a poesia te invadir, permita-se saborear o néctar da vida que jorra de seus versos... Pode ser que ela te aborde disfarçada de riso, de sol ou até mesmo de lágrimas. Fique bem atento, para que o realismo não invada a cena para desfazer a magia deste encontro.
Se os teus pensamentos cansarem de procurar sentido às coisas, não se aborreça. Deixa-os livres e frouxos, perdidos e soltos por aí, até que virem poesia. Sem eles você poderá perceber que a vida que está à sua volta é bem mais leve e límpida do que se possa supor.
Se os teus sentidos estiverem extremamente rígidos ou moles demais, ao ponto da tua insensibilidade ser crônica, não perca tempo com preocupações tolas... apenas desfrute a poesia da insensibilidade, da aspereza, da infertilidade, da nudez, da inutilidade, do vazio das almas mortais... logo o fel se transformará em água e saciará sua sede de perfeição.
Se a tua poesia não te contenta, canta... e imagina que em cada verso se esconde os seus mais importantes pedaços.
Se entregue sem medo. Deixa que a poesia invada sua casa e construa nela pontes de infinito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário