quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ode ao tempo




A menina queria cantar ao tempo uma ode bem suave, poética, doce e serena. Cheia de encantos e expectativas. Quem sabe ele não retribua com resposta mais doce e amena, cheia de consolo e carinhos, que não se preocupe em punir, mas que seja construtiva?

É que a certa altura da vida, a gente necessita menos de inimigos e mais de aliados. Precisa aprender com os deslizes mais que amargar com os castigos, tem mais sede de amparo e proteção pra alcançar a maturidade...

E ele passa destemido, impiedoso, despreocupado, misterioso, sorrateiro e paulatino. Como se estivesse testando a gente, como se não se importasse com a ode da menina ou simplesmente desconhecesse o conteúdo daqueles versos singelos e preocupados, com rimas de aflição e esperança.

Versos simples, verdadeiros, rabiscados em folha de papel e guardados no fundo do peito, para serem declamados em sua homenagem como se fosse um mantra.

.

Nenhum comentário: