quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Dádiva *


A vida segue o seu curso e a gente descobre que se envolveu numa divina aventura, dessas que são marcadas pela diversidade dos encontros. Quando elas se realizam é que podemos entender o significado da palavra "dádiva".
Geralmente, desejamos coisas impossíveis, pois acreditamos em um Deus que pode tudo. Mas na maioria das vezes nos falta coragem e nossa ousadia se limita em pedir somente o necessário. É quando Ele nos surpreende com medidas que não merecemos... ficamos mudos, sem saber o que dizer... e vemos Deus nos socorrer com seu sorriso... Dentre todos os sorrisos, talvez o mais bonito seja o de agora, o dessa graça atual que nos envolve. É o que toca fundo na gente, que remexe os sentimentos, que faz refletir...
E quantas dádivas essa menina recebe a cada dia! Talvez em ela faça idéia...
A grande dádiva recebida, pela qual restam à menina infinitos agradecimentos, é a de um dia ter encontrado no Edi um irmão e isso ela fez questão de lhe dizer... Mas em tantas outras dádivas, nessa semana, podemos destacar as entregas do Compa e do Josezinho, que se renovam por mais um ano... quanta luz o “dar a vida” deles gera na vida da menina e de tantos outros!
Mas bem sabemos que existem dádivas que não combinam com palavras, pois foram feitos para o silêncio... e aqui cabem as despedidas, mesmo que temporárias, e as celebrações... Ainda assim a menina arrisca em dizer, mesmo que acabe se perdendo... E descobre que é melhor recorrer às realidades que falam sem precisar dizer...
Chega o tempo da saudade e da gratidão...
Saudade talvez seja bem mais que o desejo de estar junto outra vez... mas o imperativo de que o amor vivido não se perca com o tempo. Gratidão é alimento necessário a alma... e quanta luz, quantos motivos a agradecer... a Deus por eles e a eles pela abertura à ação de Deus: um obrigada infinito, como o da Jovem de Trento!
Por isso o girassol... para lembrar a luz... para deixar que na luz ecoe o obrigada da menina... para que não queiramos doar outra coisa, para que não nos atrevamos a mirar outra coisa... somente a Luz!

*adaptado da carta da menina ao Edi.

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